Viver em plenitude, consquistar a felicidade...é o desígnio de todo o ser humano.
Porque se torna tão difícil encontrar este caminho?
A vida é um mistério e toda a sua beleza está envolta nesse mistério.
Lembro-me de quando era criança e de como os dias eram grandes e a mais pequenina coisa era o suficiente para me perder no tempo. Gostava de me deitar na erva e ver as formiguinhas na sua azafama diária a transportar o que encontravam, a maior parte das vezes carga não sei quantas vezes superior ao seu tamanho, mas seguiam o seu caminho cruzando-se umas com as outras, felizes por cada uma delas estar a cumprir com a sua missão. Muitas das vezes imaginava diálogos entre elas!
Outras vezes perdia-me num campo vizinho deitada de barriga para o ar a observar as imagens das nuvens e tudo aquilo que me pareciam dizer! ...e tantas outras experiências que também agora me perderia contando-as. Só uma outra experiência,muitas das vezes passava os domingos sentada no muro do jardim que dava para a rua, a contar os carros que passavam e anotar as suas matrículas, que não sabia muito bem para quê mas dava-me prazer, um prazer que ainda recordando-me salta-me um sorriso natural ao recuar no tempo a esse momento!
Conto-vos tudo isto, porque acredito que a sensação de plenitude é um estado natural do ser humano que enquanto criança a liberdade de brincar a leveza de caminhar passo a passo acompanhada pela luz do sol, a beleza das borboletas desafiando a correr detrás e o simples facto de nem sequer questionares o que fazes aqui na vida, é suficiente para chegar a uma conclusão:
É a criança ao tornar-se adulta que perde essa confiança na vida e começa a sentir o aperto do tempo, a responsabilidade perante os outros que lentamente vai amachucando essa criança livre e a vai remetendo cada vez mais para o seu interior.
Agora fala-se de jovens confusos, que se tornam agressivos, outros se que mantêm isolados do mundo, que passa na cabeça destes jovens? Que perderam ou o que nunca encontraram?
Como mãe de três filhos que sou, considerada sempre uma mãe atípica, talvez porque tive a sorte de alimentar sempre muito essa criança que fui e nunca a ter encerrado, mesmo tendo por isso sido muitas vezes considerada rebelde pelos meus pais e mesmo depois uma adolescencia um pouco sofrida mas não por isso desistido de a deixar livre.
Considero que algo há que mudar para bem da humanidade, e em nome destas crianças que acima de tudo necessitam ser compreendidas, mesmo no corre corre do quotiano os pais os professores e todos os que tenham a seu cargo uma educação a dar, torna-se urgente reflectir, tornar-nos um pouco mais conscientes da criança que fomos e da que gostaríamos que os nossos filhos fossem.
Hoje considero que a nossa evolução nos está a levar a um ritmo muito diferente, necessitamos de apreender quem realmente somos e assumir os nossos princípios, valores internos, mesmo que não sejam os mais considerados para outros.
Somos únicos e com um poder de transformação inquestionável, precisamos de acreditar em nós próprios, nos nossos sentimentos e torná-los conscientes.
É minha verdade que a humanidade está já num nível de consciência importante mas ainda existe muita indiferença, assim vivemos num mundo de mudanças e encontramos em massas nos mais distintos momentos evolutivos e isso não é fácil de conviver!
Para terminar este primeiro contacto para um viver em plenitude gostaria de deixar aqui o que eu considero importante para atingir essa plenitude.
--A plenitude é um estado de alma,começa quando queremos mudar alguma coisa em nós.
-Quando tomamos consciência dos nossos actos e passamos a viver em coerência com o que realmente somos e queremos ser.
-Uma vez acordados pela consciência, uma vontade superior passa a ter um papel importante sempre que saímos desse alinhamento.
-A força do amor libertada pela consciência dos valores mais nobres do ser humano, leva-nos a um voo exclusivo do ser em que nos tornamos, um salto que uma vez dado, não ´há volta atrás.
-Quando abrimos o coração ao amor, o tempo muda, o nosso ritmo muda e passa haver a magia de viver sentindo.
- A meditação é um acto que nos aproxima mais do nosso ser interior, praticar a meditação é contribuir para o equiliibrio emocial, mental e intelectual assim como o melhor ingrediente para a nossa saúde e para uma maior longevidade.